Home Leandro Ruschel O que esperar da bolsa e do dólar nos próximos meses e como se PROTEGER das incertezas

O que esperar da bolsa e do dólar nos próximos meses e como se PROTEGER das incertezas

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O IBOV bateu um recorde negativo, com 11 pregões negativos em sequência, o que não acontecia desde 1984. O mercado corrige depois de um bom movimento de alta desde o final de março.

Ao mesmo tempo, o dólar inverteu a trajetória negativa e voltou a se valorizar frente ao real, desde que marcou uma mínima em R$ 4,69. No momento, a moeda norte-americana testa os R$ 5,00, uma alta de 6% em poucos dias.

O que explica o movimento, e o que esperar daqui para frente?

Do ponto de vista doméstico, o mercado parece ter esgotado o rally produzido pelo afastamento dos maiores temores em relação às políticas econômicas do descondenado. Lula foi hábil em fazer o jogo do policial malvado, policial bonzinho, em que fez, desde as eleições, um discurso contra o controle de gastos públicos, enquanto seu ministro da Fazenda, Haddad, assumiu o papel de “bonzinho” para o mercado, defendendo a responsabilidade fiscal.

A aprovação em primeiro turno do arcabouço fiscal, mesmo que distante do que seria necessário para colocar as contas em dia, dissipou a expectativa negativa de “terra arrasada” produzida pelos discursos de Lula.

No front externo, os ventos foram favoráveis ao Brasil e aos emergentes em geral. A esperada recessão americana está demorando a dar as caras, o que mantém a locomotiva global em marcha, apesar dos juros mais altos em duas décadas. Além disso, as circunstâncias geopolíticas, como a guerra da Ucrânia, mantém as commodities em alta. Para completar, o Brasil teve uma safra história, favorecendo o ingresso de divisas.

Agora, o alívio parece estar no fim. Infelizmente, “evitar o pior” não é o suficiente para gerar confiança no longo prazo. O governo segue dando mensagens dúbias, para dizer o mínimo, quando culpa a privatização por um apagão, por exemplo. E quando retoma projetos fracassados e promotores de corrupção, como o PAC, e o financiamento de obras internacionais pelo BNDES.

No final do dia, o Brasil segue presidido por um grupo que produziu o maior escândalo de corrupção da história, e ainda pior, do ponto de vista do mercado: promoveu a maior queda do PIB desde que o indicador começou a ser medido, em tempos de bonança global. A mentalidade econômica atual é muito similar a que produziu tal desastre.

Além disso, há agora uma preocupação adicional: o Congresso, que assumiu nos primeiros meses de governo o papel de resguardo da economia, como quando reverteu o fim do Marco do Saneamento, e quando deixou um pouco mais duras as regras do novo arcabouço fiscal, caminha a passos largos para a cooptação, através da divisão do botim dos ministérios e da liberação recorde de emendas parlamentares.

A queda das taxas de juros, que a princípio seria positiva para a economia, diminui a atratividade do real, gerando pressão inflacionária, agora alimentada pela alta dos combustíveis, o que deve desacelerar o ritmo dos próximos cortes sinalizados pelo COPOM.

Do ponto de vista externo, o vento favorável ao Brasil está mudando. A gastança promovida pelo companheiro Biden alimenta as forças inflacionárias, sugerindo que o FED tenha que manter juros altos por mais tempo, aumentando o risco de recessão. Para piorar, a China tem apresentado dados econômicos cada vez mais negativos, e segue num caminho de afastamento do Ocidente, inclusive com retórica cada vez mais agressiva em relação a Taiwan.

A verdade é que o Brasil caminha para uma segunda década perdida… se olharmos para o IBOV dolarizado, ainda estamos muito distantes do topo do longínquo 2008, ou seja, já são 15 anos de correção. Apenas para voltar aos patamares de 2008, o IBOV dolarizado teria que subir 100%!

A recuperação sinalizada a partir de governos liberalizantes, de Temer e Bolsonaro, foi abortada por conta da pandemia, e agora fica ainda mais distante com o descondenado no poder. Apesar da apresentação de um certo pragmatismo, não tenho a menor confiança neste governo.

Creio que a piora no cenário externo produzirá uma deterioração doméstica que não será bem administrada, em que haverá forte tentação do governo para adotar medidas heterodoxas, como o controle de capitais.

É por isso que sigo alertando sobre a NECESSIDADE de diversificação internacional dos investimentos pessoais e estou oferecendo uma aula ao vivo gratuita sobre o tema. Para se inscrever, é só clicar em

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