A publicação foi apagada depois que internautas indicaram que o texto não tratava do governo petista
Na tarde da quarta-feira a 17, o governo Lula usou uma notícia publicada durante o governo de Michel Temer para falar de uma suposta redução no preço das frutas. O post no perfil do governo federal no Twitter/X também fazia referência aos memes negativos sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O texto exibido no segundo quadrinho foi publicado pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Os memes publicados pelo governo foram retirados do ar depois de internautas revelarem que uma das notícias não tratava do desempenho do governo Lula. Até o momento, a Secretaria de Comunicação (Secom) não se pronunciou sobre o caso.
Segundo o levantamento de junho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço das frutas caiu apenas 2,62%, a menor redução entre os alimentos. A cenoura teve uma queda de 9,47% e a cebola de 7,49%.
Por outro lado, a batata-inglesa teve um aumento significativo de 14,49%, o leite longa vida subiu 7,43%, o café moído aumentou 3,03% e o arroz subiu 2,25%.
O grupo de alimentos teve uma alta de 0,44%, menor que o 0,66% de maio, mas ainda assim contribuiu com 0,1 ponto porcentual para o avanço do IPCA, que registrou aumento de 0,21% no mês.
Aliados do governo Lula alegam que memes com Haddad não afetam popularidade
As publicações do governo Lula sobre um suposto fortalecimento da economia ocorrem em meio à popularização de memes que ligam Haddad ao aumento dos impostos.
Para os internautas, o “ministro Taxadd” é o principal responsável pelo aumento dos preços de produtos básicos, pela criação de novos tributos e pelo avanço da reforme tributária.
Nesta semana, Jilmar Tatto, secretário de Comunicação do PT, minimizou a questão. Ele disse que os memes “não vão pegar”. O deputado federal defende a ideia de que o ministro será conhecido como “aquele que desonerou” e pelas medidas para “ajudar pessoas de baixa renda”.
Em sua defesa, o secretário destacou medidas do ministro no governo, como o mecanismo de cashback para a população de baixa renda, que está previsto na reforma tributária.
Jilmar Tatto mencionou que os aumentos de impostos são apenas para os mais ricos. Ele citou a cobrança de IPVA sobre jatos e iates e o “imposto do pecado” sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.
Haddad, assim como o presidente Lula, também defende a taxação internacional de bilionários.