A morte do soldado da Rota e a Bandidolatria brasileira
O Brasil vive uma Guerra Civil não declarada há décadas. Há várias áreas urbanas que não estão sob controle do Estado.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o índice de mortalidade de policiais militares em 2017 foi maior do que os observados por forças militares americanas estacionadas no Afeganistão e no Iraque, no mesmo ano.
Observamos mais de um milhão de mortos nos últimos 20 anos, e um número incontável de crimes. Todo brasileiro já foi, provavelmente mais de uma vez, vítima da criminalidade. Todo mundo conhece alguém que foi vítima fatal dos bandidos.
Como chegamos até aqui? O principal motivo é o tratamento de “vítima da sociedade” aos bandidos, produzido pela mentalidade esquerdista. Há a certeza de IMPUNIDADE para todos os tipos de crime, desde o “roubo de um pão”, defendido como direito pelo descondenado na presidência, até o saque ao país, levado a cabo pelo grupo político que está de volta ao poder, representando a coroação final do crime.
O Brasil só não mergulhou ainda no caos completo pelo trabalho heroico de homes e mulheres que dedicam a sua vida para combater os crimes nas ruas, enfrentando riscos altíssimos.
São essas pessoas que a militância de redação ataca sistematicamente, exigindo padrões de abordagem de primeiro mundo, em meio à Guerra Civil. É um fenômeno muito bem descrito pelo meu amigo Diego Pessi como “Bandidolatria”, ou seja, a inversão moral absoluta: o crime é tratado como virtude, e a virtude é tratada como crime. Por sinal, esse é o nome do seu excelente livro sobre o tema.
Observamos exatamente esse comportamento após a reação da política à execução do soldado da ROTA, Patrick Bastos Reis, pelo crime organizado na cidade de Guarujá. A Polícia iniciou operação para encontrar o criminoso, que produziu 10 mortes de pessoas que entraram em conflito com os policiais, tratados pelos militantes de redação como “vítimas” de uma “chacina”.
Hipocritamente, a mesma militância de redação aceita e aplaude um regime de exceção para os seus oponentes políticos, em que as garantias constitucionais são afastadas, e não há nenhum direito de defesa. Agora, para os piores narcotraficantes e outros criminosos, é preciso oferecer até mesmo o “direito” de não ser punido.
Num dos artigos que li sobre o tema na imprensa, uma das “vítimas” da violência policial é apresentada como “vendedor ambulante” e “inocente”. Lá pelo décimo parágrafo, é revelado que o sujeito tinha pelo menos 8 passagens pela polícia, por assalto, receptação e tráfico de drogas, mas já tinha “mudado de vida”.
Enquanto os policiais são sempre apresentados como carrascos, os traficantes são tratados como coitadinhos, obrigados a cometerem crimes para sobreviver, e até mesmo como vítimas de “racismo”. Quase nenhuma palavra sobre assassinatos, torturas, estupros e outros crimes cometidos, e o verdadeiro regime de terror instalado nas comunidades que eles dominam.
Não há a menor chance da criminalidade endêmica brasileira ser resolvida enquanto não houver uma mudança de mentalidade. Muito menos agora, com um CPX na presidência da República.
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