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Pesquisadores revelam que droga 500 vezes mais forte que heroína já circula pelo Brasil

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Foto: Reprodução/Cristyan Costa/Revista Oeste.

Em um crescente alerta para a segurança pública e saúde, pesquisadores das renomadas universidades USP e Unicamp têm observado um aumento alarmante na presença de nitazenos em substâncias entorpecentes apreendidas em São Paulo. Este poderoso opioide sintético, conhecido por ser até 500 vezes mais potente que a heroína, está se tornando cada vez mais comum nas ruas.

De julho de 2022 a abril de 2023, análises conduzidas pela polícia técnico-científica revelam que 95% das apreensões de opioides continham nitazenos. Essa substância, embora criada inicialmente para uso médico, nunca chegou a ser aprovada devido ao seu alto risco de dependência e efeitos letais. A mistura de nitazenos com canabinoides foi detectada em 70% das amostras examinadas, aumentando ainda mais os riscos associados ao seu uso.

O que são nitazenos e por que são perigosos?

Nitazenos são uma classe de opioides sintéticos inicialmente desenvolvidos nos anos 50 com o objetivo de serem utilizados como analgésicos. No entanto, devido ao seu potencial de dependência e mortalidade, nunca foram aprovados para uso clínico. O uso indiscriminado dessas substâncias pode levar a overdoses fatais, especialmente quando misturadas com outros depressores como o álcool.

Anadolu Agency via Getty Images/Droga 500 vezes mais forte que heroína avança nos EUA e Inglaterra.

Impacto dos Nitazenos na saúde pública

Segundo os pesquisadores, a presença crescente de nitazenos nos entorpecentes é uma tendência preocupante, não só pelo potencial de vício, mas também pelo desafio que representa para os sistemas de saúde e segurança pública. A falta de consciência sobre a presença desses potentes opioides em drogas comuns aumenta o risco de overdoses acidentais entre os usuários.

Como São Paulo está reagindo a esta nova droga?

A resposta das autoridades locais incluiu o aumento da vigilância e das apreensões, além de campanhas de educação pública para informar sobre os perigos dos nitazenos. A polícia de São Paulo tem trabalhado em colaboração com instituições de pesquisa para monitorar e estudar este fenômeno em ascensão. O objetivo é entender melhor o impacto desta droga e desenvolver estratégias mais eficazes para seu controle e prevenção.

Este primeiro registro substancial do uso de nitazenos em São Paulo sinaliza um alerta para outras regiões do Brasil e, potencialmente, para outros países. A colaboração entre as forças policiais, a comunidade médica e os cientistas é crucial para enfrentar esta nova ameaça às comunidades em todo o mundo.

Divulgação/Guarda Civil Metroplitana (GCM)



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