O governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, condenou o ato terrorista na Praça dos Três poderes, que sacudiu Brasília na noite de quarta-feira (13/11). Além disso, o regime chavista manifestou solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar dos recentes desentendimentos entre os dois países.
“A República Bolivariana da Venezuela expressa sua enérgica condenação contra os recentes atentados do dia 13 de novembro de 2024 ocorridos na Praça dos Três Poderes, na cidade de Brasília que tem como objetivo estremecer a paz do governo e suas instituições, manifestando sua absoluta solidariedade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e todo o povo brasileiro”, disse o ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado.
O atentado foi visto pelo governo venezuelano como um “avanço da onda fascista e antidemocrática”, propagada pela “extrema direita mundial” que tenta desestabilizar a região.
“Venezuela, fiel a seus princípios de irmandade e fraternidade, continua trabalhando para que nossa região seja uma zona de paz, e repudia qualquer tentativa que pretenda destruir a estabilidade e o bem-estar dos nossos povos e do mundo”, finalizou o comunicado.
Relação estremecida
O posicionamento do governo da Venezuela acontece em meio a tensão na relação entre os governos Lula e Maduro, que se estende desde as eleições presidenciais venezuelanas.
Desde que o Brasil vetou a entrada da Venezuela nos Brics, durante a última cúpula do bloco realizada na Rússia, o governo Maduro tem feito alguns ataques direcionados a Lula.
O petista chegou a ser comparado com Jair Bolsonaro (PL), e foi alvo de uma ameaça publica da Polícia Nacional Bolivariana, liderada por Maduro.
Ainda assim, o chanceler Mauro Vieira disse que o diálogo entre os dois países seguem normal, e que o Brasil não tem intenção de romper laços com a Venezuela.
Fonte: Metrópoles
