Ontem, a principal militante de redação petista da CNN Brasil passou o seu programa inteiro atacando a Lava Jato, chegando ao ponto de tratar com seriedade uma fantasiosa história sobre desembargadores do TRF-4 participando de uma festa com prostitutas e sendo chantageados por Moro para votarem pela manutenção das condenações do ex-juiz. A mesma militante da CNN não escondia a alegria ao dar notícia da confirmação, pela Câmara, da cassação do deputado Deltan Dallagnol.
Há um grande esforço do establishment político/jurídico/midiático brasileiro em apresentar a operação Lava Jato como ilegal, motivada por interesses políticos escusos, e principal razão pela postura “antipolítica” da população, que teria trazido o “fascismo” para o Brasil, pelas mãos de Bolsonaro.
Como disse Lula para o seu amigo e narcoditador Maduro, tudo é uma questão do controle de narrativa. O sistema precisa criar essa versão oficial da história, para assim justificar a operação de resgate da elite corrupta que foi pega com a mão na botija pela operação.
“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado.”
É uma sequência natural no processo de consolidação de um regime autoritário no Brasil. Primeiro, veio a perseguição aos líderes da revolta contra o sistema corrupto. Foi criado um verdadeiro aparato de repressão através dos inquéritos ilegais. Há um esforço para codificar esse aparato em lei, o que deve ocorrer mais cedo ou mais tarde. Ontem mesmo, houve uma tentativa da Câmara de passar uma lei que prevê até 4 anos de cadeia para quem “injuriar” ou “ofender” políticos por conta de processos judiciais que ainda não tenham uma condenação transitada em julgado, o que no Brasil significa usualmente o dia de São Nunca!
Em paralelo, praticamente todos os condenados por corrupção pela Lava Jato foram descondenados. Um deles ocupa a presidência da República. Já os responsáveis pela operação, e seus apoiadores, estão sendo retirados da vida pública, um a um.
Com a situação sob controle pelo velho establishment, e com ferramentas de repressão a postos, o passo natural do regime autoritário é reescrever a história, o que estamos observando em tempo real. Não houve o desbaratamento do maior saque ao Estado da história, e de um projeto totalitário de poder. Na verdade, houve uma grande injustiça contra políticos honestos, que foram perseguidos por defender os interesses do povo. Quem falar o contrário corre sério risco de parar nos inquéritos persecutórios, censurado e preso.
Eis o resultado da vitória da “democracia” e do “amor”.
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